O Transtorno de ansiedade generalizada (TAG), mais conhecido como preocupação excessiva, é um conceito relativamente novo, tendo sido mencionado pela primeira vez no manual diagnóstico e estatístico em 1980 e só se tornado uma categoria diagnóstica específica nos anos 1990. Isso explica, em parte, porque as pesquisas sobre preocupação são relativamente recentes, sem uma única explicação dominante.
Talvez o médico que receba o paciente com TAG não entenda a sua irritabilidade e inquietação. O paciente tendo, por exemplo, uma ultrassom de tireoide nas mãos e nódulos de tireoides a serem analisados, passa dias sem dormir, pois deseja saber do médico qual o seu diagnóstico, por tudo que ele já pesquisou. Ele se questiona se precisará, além da punção aspirativa por agulha fina (PAAF), submeter-se a uma tireoidectomia total. Ele precisa que o médico seja breve em suas conclusões, pois já não mais consegue ouvir explicações prolongadas e muitas vezes seu poder de concentração está prejudicado.Talvez essa pessoa só necessite de um olhar diferenciado e uma escuta qualificada. Tudo para ele é novo, desde a classificação TIRADS até o seu próprio diagnóstico de TAG.
Assim, poderá ser melhor acolhido quando o especialista entende o que se passa do outro lado da mesa/bancada. Especialmente no momento atual, em que há preocupação com as medidas de proteção individual, restrição e isolamento, além de tudo o que ele passa, precisa ser tratado com empatia por parte do profissional. Todos esses fatores conjugados podem resultar em uma pessoa com preocupação de mais, sono de menos e nervos à flor da pele.